A celebração ecumênica, por ocasião da Assembleia dos Bispos Católicos, é uma prática da CNBB, já por várias décadas. A novidade foi o convite para a participação de lideranças das Religiões Abraâmicas.
Pessoalmente fiquei muito contente em participar desse momento especial de oração e ação de graças pelos 40 anos do CONIC (Conselho Nacional de Igrejas Cristãs) e, de modo especial, pelos 40 anos da CONAC (Comissão Nacional de Diálogo Anglicano-Católica).
Em um mundo marcado por violência, injustiças e polarização política, é muito importante fortalecer os laços ecumênicos e promover a cultura da paz entre as religiões, e as Igrejas Cristãs tem uma missão muito importante na promoção da paz, fraternidade e anúncio do Reino de Deus.
Enquanto bispo referência da IEAB para o diálogo Anglicano-Católico Romano, estive presente representando a CONAC e a Diocese Anglicana de São Paulo da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, Província da Comunhão Anglicana, única Igreja no Brasil em plena e permanente comunhão com a Sé histórica de Cantuária e com o Archbishop of Canterbury.
+Cezar Alves
Comissão Nacional Anglicano-Católico Romana promovendo o diálogo entre duas Igrejas:
Comissão Nacional Anglicano-Católico Romana faz 40 anos:
"A 60ª AG CNBB recebe representantes de outras Igrejas e Religiões para Celebração Inter-Religiosa
No final da segunda sessão da 60ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) desta quarta-feira, 26 de abril, o episcopado brasileiro recebeu representantes de diferentes Igrejas para uma celebração Inter-religiosa.
A celebração inter-religiosa, que é uma tradição realizada durante as Assembleias gerais da CNBB, foi presidida pelo bispo emérito de Cornélio Procópio (PR), dom Manoel João Francisco, presidente da Comissão Episcopal para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso da CNBB.
Para dom Manoel, esses momentos são muito importantes e significativos, pois criam afeição e proporcionam conhecimento. “Refletem a comunhão entre as várias religiões e de toda a humanidade. Todas as religiões são expressão de Deus e todas buscam fazer o bem e espalhar o bem. Podemos e devemos nos reunir e trabalhar pela paz, pela humanização, para criar um mundo que se possa viver em plenitude”.
Religiões e a cultura da paz
Durante a celebração, o sheikh Mohamad Al Bukai, também falou sobre a importância da parceria de longa data entre as religiões para combater todo o tipo de violência. “Nosso Deus e vosso Deus é único e somente a Ele nos submetemos. O trabalho de tentar unir nossas comunidades para combater qualquer violência e injustiça é constante. Hoje, antes da religião, precisamos humanizar as pessoas”, disse."
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