A Diocese Anglicana de São Paulo, a partir de seu representante na Rede Nacional de Justiça Ambiental da IEAB, Guilherme Bejo, apoiado pelo Bispo Diocesano, Revmº. Cézar Fernandes Alves, idealizou o I Seminário Tempo da Criação com o tema: Fé Cristã e o Cuidado da Criação. Com a parceria da Capela do Redentor, em Ribeirão Pires, na pessoa de seu Ministro Leigo, Marcelo Bessa, o Seminário aconteceu nos dias 21 e 22 de setembro e contou com a participação de convidados e convidadas ilustres que abordaram a temática de forma prática.
No primeiro dia, com a participação especial de estudantes do Instituto Anglicano de Estudos Teológicos, as pessoas presentes puderam ouvir três palestras abordando o Cuidado da Criação a partir de três visões complementares: A Teológica, a Biológica e a Teoambientológica.
Um momento devocional iniciou os trabalhos do seminário. A liturgia foi inspirada pelos recursos disponibilizados pela organização Season of Creation, que consta no site:
Em seguida, o teólogo e sanitarista e membro da Renovar Nosso Mundo, (Conheça mais: https://renovarnossomundo.org), Guilherme Bejo, abordou o Cuidado da Criação como tarefa da Igreja e como práxis antecipadora do Reino de Deus, pela perspectiva da Esperança, elaborada pelo teólogo alemão Jurgen Moltmann.
Em seguida, o biólogo e mestrando em botânica, Matheus Henrique, contextualizou o efeito das Mudanças Climáticas nos biomas brasileiros e como a flora é importante para manter o equilíbrio climático no planeta.
Finalizando o dia, a Drª Angela Maringoli, fundadora da Oikos – Escola Para Vida. (@oikosong1), tratou da responsabilidade ambiental a partir das Escrituras Sagradas e da Missio Dei, além disso, ela desenvolveu o conceito da “Teoambientologia”, que versa o Cuidado da Criação por uma perspectiva educacional.
Os participantes receberam com surpresa a presença do biólogo Marcus Leap no sábado, que havia resgatado uma coruja-orelhuda, que sofreu um acidente com linha de pipa e teve sua asa comprometida, foi um importante momento de sensibilização e conscientização.
Ao final do Seminário a equipe de senhoras da Capela do Redentor, que havia preparado um almoço para os participantes, ofereceu um lanche reforçado nos dois dias de evento, deixando toda a organização grata por seu apoio.
No domingo, dia 22 de setembro, os convidados foram o Biólogo Marcus Leap (@marcusleap) e o Me. Wallace Góis, Teólogo e Cientista da Religião. Em sua fala, o Biólogo e responsável pelo Departamento de Proteção à Fauna de Ribeirão Pires compartilhou a atuação do Departamento no resgate de fauna silvestre na região. Ele levou uma exemplar de Milk-snake, uma cobra exótica, original dos EUA, mas que foi encontrada na casa de uma residente de Ribeirão, ele disse que nesses casos os animais são recondicionados a um viveiro especializado, próprio do Departamento. Além da serpente, havia um exemplar de Teiú, lagarto comum na Mata Atlântica, o Duda, que foi domesticado e é utilizado para as sensibilizações ambientais nas escolas.
O Seminário foi encerrado com a fala do Me. Wallace Góis, que desmistificou algumas passagens das Escrituras que pautam a relação da humanidade com a Criação, além disso, ele mostrou a construção curso de Ecoteologia da Comunhão Anglicana, do qual ele é assessor, o curso está disponível no site: https://www.youtube.com/@ecotheology.
Todas as pessoas presentes no seminário puderam participar do Culto da Primavera, na Capela do Redentor, que teve a participação especial dos Seresteiros de Ribeirão Pires, que embalaram a celebração com canções inspiradoras, além disso, o Reverendo Sérgio Pacheco, pároco da Paróquia Anglicana de Santo André, em Campinas, pregou sobre o compromisso de servir à Criação, assim como servimos as pessoas vulneráveis.
Por fim, o I Seminário Diocesano Tempo da Criação, inserido nesse período litúrgico da Igreja, foi um tempo de conscientização, sensibilização e de aprendizado e contribuiu com a formação da Diocese em busca de uma prática sustentável e atenta ao cuidado com toda a Criação de Deus.
Texto: Guilherme Bejo
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